terça-feira, março 26, 2013

O Discóbolo de Míron

Clássico entalhe da anônima
vitória.
E a icônica arte confinada
no plano altar, transita
(plena) em ângulos di-
versos, em versos angulares, re-
versos independentes. Além
da vista, sob pontos e pontes,
vomita
a estética postura do disco (movi-
mento que precede o lança-
mento). Onde a cinese ganha
distância, com a força
mítica
do músculo perfeito, me lanço
ícone
da (es)cultura anatômica.
Até ao limite da parábola
construo um poema harmônico
: mente e corpo e palavras vivas.
Vividas. Vivo agora, dentro e fora,
a descrever a pose e o
pós.

Sidnei Olívio

Debaixo do Bulcão poezine
N.º 41 - março 2013

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