quarta-feira, dezembro 22, 2010



Mergulho no mar da alma
e afogo-me em espasmos
de loucura sã.
Atravesso as fronteiras da carne
e perco-me nos meandros do ser
vislumbro a dor dos homens e
contemplo seu pranto surdo.
Eu sou a lágrima que dos olhos cai
como cristal puro.
Eu sou a voz que dos lábios sai ecoante
por entre os ventos, a palavra dos pássaros,
o caminho dos homenos, o sonho dos deuses,
sou a cor que transmuta a pedra.
Eu sou...

António Boieiro

Debaixo do Bulcão poezine
Número 1 - Almada, Dezembro 1996

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