sexta-feira, março 19, 2010



O relógio situado
dobrando o papel
escrevinho palavras sem nexo
em sentido angular
óptica inerente ousado nú
despida da casca
gema dos rúbis amanheceres

na cama
depois do Éden
redescoberto
humanizada estratosfera
nesse cume, meu everest

antes do supra-sensível
transcendente universo
ostras e pérolas
últimos vermes
dos oceanos terrestres
flui tua sensação
nestas tão prisões
muralhas espirituais.


João Paulo

Debaixo do Bulcão poezine
Número 2 - Almada, Março de 1997

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