segunda-feira, agosto 03, 2009

Eles

Ah, esses seres masculinos,
Com audácia permitida,
Percorrem os caminhos femininos,
Sem culpa alguma sentida.

Esses seres indomáveis,
Que ostentam certa dureza,
Que os tornam assim tão frágeis,
Numa insustentável leveza.

Ah, esses seres temerosos,
De cometer certos deslizes,
Nem sempre tão amorosos,
Se esquecem de ser felizes.

Esses seres infalíveis,
Na arte de induzir,
Na hora são incríveis,
Com a manha de seduzir.

Ah, esses seres tão carentes,
Que receiam ser submissos,
Insuportáveis, agem diferentes,
Fogem de compromissos.

Pobres seres masculinos,
Os que não enxergam a verdade,
São os seres femininos,
Que desvendam a masculinidade.

Por fim, há o ser feminino,
Na eterna missão incessante,
À ciência de um bom amante!


Mônica Quinderé

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